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sexta-feira, 16 de agosto de 2024

A minha criança interior

 Um dia eu sonhei que queria ser um pássaro, voar e voar sem medo e sem destino, a criança queria se aventurar por lugares longínquos e brincar de ser feliz, numa dessas ia longe, voando distante, não em círculos, os destinos eram diferentes, a troca era grande, muita cultura, história, ela se encantava em cada esquina, com sabores, cheiros.. incansável, ela não conseguia ficar em casa, se sentia triste, amarrada, por mais que tentasse se reconectar com ela mesma, mais se sentia neutra, sem ação, colocaram ela para estudar ela mesma, tarefa árdua de se descobrir, se orientar, ela foi lá e fez, não procrastinou, se cuidou, segue com incertezas, de um destino que ela já tem a resposta mas insiste em perguntar. Arte, assim como o pássaro, a expressão tem que ser solta, livre. As amarras já não fazem bem à ela, nenhum pássaro gosta de viver em gaiola. 


Voltou para casa para se enraizar, conseguiu acalmar seu coração, se conectou, agora é momento de voar, colocar sua teoria em prática, o passarinho vai voltar à navegar em águas rasas e profundas, ele anseia ir mais longe, anseia novas descobertas, e mesmo num dia de terra, todo seu desejo é voltar a navegar pelas águas universais, fazendo o que mais a sua criança sempre sonhou, desbravar os passos do caminhante, sair do mental para viver como um guerreiro brincando e se divertindo como um macaco brincalhão fazendo outras pessoas felizes.