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sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Gangorra emocional

 Me sinto como naquele filme que a mulher todo dia que acorda não lembra de nada do que passou nos dias anteriores, e o marido coitado fica toda hora recriando uma nova memória, vivendo um dia literalmente por vez, mesmo que nada esteja sendo retido pela memória da esposa. 

No meu caso, eu tenho um dia hiper iluminado, acreditando na gratidão, fazendo as coisas acontecerem, andando na rua, sinais abrindo, sincronicidades, pessoas simpáticas comigo, me sinto um farol iluminando a rua, hiper magnética em que tudo funciona, deus parece que está abrindo as portas para mim de um jeito incrível. Antes de dormir como de praxe, escrevo meu diário, faço minha leitura, medito e durmo. 

No dia seguinte, parece que esqueci de toda aquela energia do dia anterior, aquela positividade, acreditar que existe uma força maior nos guiando, deixando tudo fluir, parece que a mente cai num looping infinito de cansaço mental, não sei bem se são as redes sociais, ou as pessoas ao redor emanando todo tipo de vibrações, as vezes penso se é bom tocar nas pessoas ou não, para evitar de passar o que quer que seja, mas eu acredito que tudo é vibração, o toque é o último ponto, então não sei dizer se isso realmente faz alguma diferença ou não, para ser honesta.. 

E o dia se torna uma luta, entre tentar "controlar" os pensamentos e não deixar a mente vagar por cavernas desconhecidas, não deixar a mente voltar pra sentimentos de raiva ou frustração para não deixar a vibração cair.. ou não ficar remoendo o passado, e nem precisa ser aquele lá tão distante, pode ser o recente mesmo onde você descobre que alguém que você confiava não é quem você pensava ser.. ou sei lá, mil coisas que podem ter lhe acontecido nos últimos dias.. e que é o suficiente pra te tirar do eixo durante muitas horas do dia.. 

Ontem eu fui para a aula de escultura, onde eu fico o dia inteiro, das 10-21h, pois ontem eu definitivamente bati o recorde, e nem foi por querer, mas eu precisava terminar o processo de uma peça e eu dependia do professor para fazer absolutamente tudo, pois era a minha primeira vez fazendo aquilo, e com isso eu acabei por despejar minha infelicidade, as descobertas sobre algo que eu nem sei se eu queria de fato enxergar... por fim, a coisa se espalhou, e mais uma colega me deu seu ponto de vista, me senti bem pois de certo modo estou amparada nem que seja pelas palavras de dois desconhecidos, que em pouco tempo já ganharam meu coração seja pela sinceridade ou generosidade de compartilharem alguns minutos daquele dia comigo. 

Ao longo do dia, eu notei como a minha mente oscilava, eu comecei o dia dentro dessa frustração enorme, depois eu me lembrei que apesar dos pesares, essa pessoa que eu descobri ter um transtorno de personalidade, fez muitas coisas positivas por mim, seja lá por qual razão ela aparentemente foi 'empática' mesmo eu sabendo hoje que ela não tem de fato empatia, mas Deus escreve certo por linhas tortas, de algum modo ela ainda está no meu caminho para me mostrar sombras minhas que precisam ser trabalhadas, o que não vem ao caso. 

O fato é que eu sai da frustração para a gratidão durante a tarde, não o suficiente ainda para levantar a moral, mas.. melhor do que antes que eu tinha vontade de chorar.. e quanto mais eu mexia na massa, mais eu me lembrava de mil situações que agora faziam sentido. Quando sai da argila pro gesso novamente, a minha mente deu um duplo twist carpado, e eu comecei a me lembrar de uma conversa recente que uma amiga teve com uma pessoa que conheci recentemente e nos envolvemos brevemente, e que por sinal foi dificil esquecer, acho que na verdade foi dificil esquecer o carinho que estávamos começando a ter uma pela outra, embora eu tenha percebido desde o primeiro encontro que não ia muito longe, por diversos fatores, que nao convem escrever aqui.. e lá se foi a minha mente de volta pra frustração de não conseguir manter um relacionamento.. ainda mais com tamanha diferença de idade, que pra mim tem sido complicada essa parte, honestamente.

Já cansada da sofrencia, eu comecei a me sentir muito enjoada de repente, e senti o impulso de pegar um ar lá fora, quando voltei pra dentro da sala, está um aluno incorporado por um espírito, e o meu professor sentado na cadeira recebendo uma cirurgia espiritual, jamais poderia imaginar isso acontecendo dentro de uma sala de artes. Maior plot twist... E o pior é que eu não tinha visto, e achei que estavam brincando quase soltei a maior gargalhada, uma senhorinha me olhou feio, eu fechei o bico na hora e entendi que era uma parada séria mesmo... caraca... como que eu ia adivinhar?! o povo passa o dia inteiro falando nada com nada, e eu dando risada.. do nada uma cirurgia espiritual com um caboclo falando com uma voz diferente e cutucando no meio do peitoral do professor (que inclusive está esperando saber se vai ter ou não que fazer uma cirurgia cardíaca futuramente..).

Resultado, a minha mente voltou para a espiritualidade, meu mal-estar passou, e a minha mente foi parar na escultura de alguém, as pessoas estão esculpindo bustos, uma tarefa muito mais 'fácil' do que a que eu inventei para a minha primeira peça, mas enfim, estava lá eu focada de novo no meu silêncio, ouvindo a música ambiente, dentro da sala, fora do frio, talvez toda a minha depressão era porque lá fora fazia o maior frio, e eu me deixei levar pelo clima que leva à frustração, ao final da noite eu estava feliz em ter conseguido concluir o que me propus, estava feliz pela disponibilidade e paciência do professor, e por eu ter voltado para casa sã e salva. 

Ciclo noturno completado com sucesso. 

No dia seguinte, acordei super bem disposta, resolvi correr na praia, uma conhecida me contou que correndo 3x semana, ela emagreceu muito, eu resolvi passar de 1x para pelo menos 2x. Hoje eu sai no frio com chuvisco, fui pra praia com a sapatilha nova de correr na areia, segunda estreia, comecei a correr focada em me manter acordada.. quando eu definitivamente senti que eu poderia correr além da minha meta, fui até o forte, meu strava deu erro, eu achava que ia correr 4,5, ao final terminei em 6,7km, nao sei como consegui correr tanto e ainda metade disso foi com um vento contra fortíssimo, nunca corri tanto na vida num só dia rsrs.. 

Durante a corrida, eu tinha vontade de gritar, mas aquele grito pra tirar os demos de dentro mesmo, eu estava com muita tensão, a tal da tristeza e frustração voltaram em peso.. eu queria gritar pra ver se aliviava, mas ainda sou uma pessoa envergonhada, fora que eu não queria assustar ninguém rsrs, então eu resolvi correr em plenos pulmões, me senti o pernalonga numa maratona contra o coiote, eu mal podia respirar, mas parece que a minha raiva inteira passou ali.. 

Fui trabalhar, passei a manhã bem animada, brinquei com os turistas. Voltei pra casa, um peso aqui, não sei se é meu, da casa ou da amiga que aqui habita.. lá voltou a tristeza de novo, uma vontade de chorar.. silenciei, coloquei uma musica, peguei meus cristais, sentei, meditei, chorei um bocado.. e depois parece já ter melhorado. O peso saiu.. 

E lá vamos nós, como será o amanha?! 

Os dias parecem uma gangorra emocional.. 

As fotos do instagram nem sabem quantas 'batalhas' eu já superei nessas últimas semanas.. 

Quem vê fotos às vezes não vê detalhes que passam despercebidos.. 

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Ilumine-se

Trabalhe sua vontade e seu interior, caminhe suas intenções em prol do bem comum, fique atenta aos sinais, a consciência que deseja alcançar esta merece atenção aos detalhes, nao retorne ao ponto inicial, o que já foi caminhado nao tem caminho de volta. 

Vibre novas frequências, redirecione sua energia, deslumbre-se com o simples, não torne nada cansativo, não canse ate encontrar o caminho do meio, enxergue-se como deus, em amor profundo por ti, realize a sua jornada como uma perola guardada, ela tem seu brilho próprio e sua essência, valorize-se, nao se deixe rebaixar, as experiências estão lhe mostrando o que precisa ser curado e transmutado. 

As pessoas que passam por você são reflexos, nao se apegue as situações ou pessoas, cada coisa vem no seu tempo para lhe mostrar o quanto faz sentido curar-se, olhe-se, observe-se, sinta mais e racionalize menos

Leveza, o tempo lhe pede apenas que seja leve. 

Solte o que estiver por vir. 

Conecte-se a natureza, pés na terra, encontre-se com almas que vibrem com você. 

Alice alice, esquece do tempo e seu caminhar, purifique-se, centre-se, divirta-se, essa menina lhe alcança e lhe guia como uma bússola, sem se apressar, por hora desfrute quem está contigo, quem lhe mostra desafios, quem lhe faz crescer, e quer sua evolução. 

Concentre-se em você. Encontre o foco, não desalinhe. 

Solte e deixe fluir, se está curtindo, não se limite, baixe as barreiras, torne possível e agradável a experiência, se entediar abra seu livro, retorne aos seus rituais.

Se tiver perguntas, dúvidas, mágoas ou tristezas, respire fundo e medite.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Portal 06.06 - Canalização: Reconexão com o Amor

Nesse momento atual a palavra é Amor
Amem-se e estejam atentos a olharem para dentro de seus corações. 
Atentem as batidas de seus corações. 


A compaixão se faz necessária, o que importa no final das contas é que todos somos um. 
Se fere um amigo, está ferindo à si mesmo. 
Se xinga um desconhecido, está xingando a si. 
Qualquer pensamento negativo que se faz ao outro, é uma retórica para si mesmo. 

Esse mundo representa a dualidade, mas todos somos filhos de um só, e dentro de cada um de nós existem as mesmas partículas do universo, todos temos os mesmos tipos e centelhas divinas. 

Todos somos deuses e deusas, apenas em diferentes corpos e níveis de consciência. 

Se temos os mesmos sentimentos, emoções, sensações, medos e desejos? 
Como nos vemos separados? 
Estamos todos habitando corpos nesta realidade. 
Todos choramos e amamos. 

Acredite e avive o amor dentro de vocês, estejam firmes no propósito, 
silenciem suas mentes, saiam do caos ou silenciem o barulho dentro de vocês, 
escutem os seus corações. 

Se faz necessário se reencontrar, trabalhar a si mesmo, 
cuidar de seus corpos, sair de suas mentes, 
buscar abrigo dentro de seu coração, amar-se e amar ao próximo, 
compartilhar depois de se proteger e se enriquecer de bons pensamentos e boas práticas, 
encontrar-se, deixar-se ser encontrado, servir como um ímã de boas energias e pessoas, 
deixar-se guiar pela leveza de ser quem veio para ser. 

Reequilibrem-se, sejam gratos e compartilhem conhecimentos. 
A escuta é sempre um importante ponto de ativação e reconexão consigo mesmos. 


segunda-feira, 14 de abril de 2025

Escassez Européia

Alguns dias atrás, eu comecei a me dar conta do quanto o ser humano, no geral, não está preocupado em incentivar o outro.

Certamente, em meu trabalho como guia de turismo, tenho notado que, enquanto tento saber um pouco mais do cliente e suas andanças pelo mundo, muitas vezes, no meu momento de partilha, sinto vontade de trocar um pouco o meu ponto de vista pela visão dele. E, às vezes, tenho vontade de compartilhar que já morei onde ele mora ou que eu mesma já visitei o país dele.

Eis que me dei conta de que eles não parecem felizes quando conto que já estive lá ou que já morei lá. Ou melhor, a palavra pode não ser exatamente felicidade, mas privilégio. É como se, de alguma forma, na cabeça deles, eu fosse um ser privilegiado por já ter estado no país deles e, desse modo, eu não devesse ganhar nenhum incentivo por parte deles.

Eu, na minha sincera busca, perguntei aos meus colegas guias se eles falavam sobre suas viagens e vivências no exterior com seus clientes. Caramba, foi incrível e unânime como os meus colegas disseram que também notaram que, quando comentavam com os clientes sobre suas experiências no exterior, logo deixavam de receber gorjetas. Consequentemente, passaram a omitir essa informação ou mesmo mentir a respeito.

Para mim funciona de forma contrária. Poxa, se eu escuto de um funcionário que contratei para um serviço (que seja um guia de turismo local) e essa pessoa me diz que já esteve onde eu moro, eu daria um incentivo financeiro, sim. Afinal, no meu entendimento, se essa pessoa consegue viajar ainda mais além, eu ficaria muito feliz em poder ajudar de certa forma e incentivar essa pessoa (de um país emergente) a realizar seus sonhos.

Mas então, compreendi que, na realidade, o cliente que chega aqui no Brasil e escuta que você, guia, já esteve no país dele — seja a trabalho ou de férias — subentende que você tem uma certa condição financeira. Talvez porque, no fundo, ainda exista aquela visão colonial... De que o outro só deve receber incentivo se estiver “abaixo” — no lugar do “coitadinho”.⁣

Eu diria que não é somente bizarro — e posso provar!

Semana passada, conversei com um cliente americano. Ele me disse que trabalha com implantes dentários em uma empresa brasileira que é considerada a melhor do mundo atualmente. Comentei que minha mãe, anos atrás, recebeu uma proposta para trabalhar nos EUA. Na época, ela trabalhava com Prótese Dentária, e eu disse que ela não aceitou por inúmeros fatores. Por fim, eu mesma não informei que já havia ido aos EUA — omiti a informação, já como aprendizado anterior. E, nisso, ao lado, uma inglesa do grupo ouvia a conversa. Ao final do tour, vi o marido dela separando o dinheiro para mim ou para o motorista. Ela sussurrou algo no ouvido dele e, simplesmente, na hora de se despedir, ele me deu um singelo aperto de mão — e nada para mim ou para o motorista. O dinheiro que ele havia separado sumiu, ou seja, voltou para o lugar de onde havia saído.

Pra mim, ficou muito clara a mensagem.

Com toda a experiência que tive trabalhando na Europa (navio) durante esses dois anos. O Europeu ainda busca explorar, sem se envolver, e quase sempre é sobre tirar vantagem do próximo — raramente sobre compartilhar. E ainda, 'egoicamente' falando, agem como se ainda fossem os grandes filósofos que a humanidade um dia teve, mas não absorvem tais conceitos e conhecimentos para o desenvolvimento sustentável da espécie humana.

Ao mesmo tempo que desconhecem o significado da palavra gentileza, também desconhecem seus princípios básicos como ser humano.

(Não estou generalizando… conheço europeus bons de coração, porém são escassos.)

Universo, O que está certo sobre isso? De certo, o que me incomodou um dia, está dentro de mim, seria ainda um remanescente de uma crença limitante de escassez? Fica a reflexão. 


terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

E se as pessoas fossem como livros?

Quantas pessoas hoje estão em busca de serem validadas?

Hoje quase ninguém mais faz uma gentileza ou direciona uma palavra honesta e muito menos um olhar sincero e profundo, olho no olho, o que poderia ser apenas uma mensagem de conforto a outrem. 

Muitas pessoas estão cegas, olhando para si mesmas, sem  demonstrar suas vulnerabilidades, medos e traumas, por meramente medo. A crença de que vulnerabilidade nada mais é do que uma fraqueza, e fraquezas nao "devem" ser demonstradas em praça pública. 

Cabe mais a esses seres demonstrarem uma capa de rosto como de um livro sem folhas. Uma capa de livro muito bonita, com um texto vago ou seria um prólogo muito convincente de que o conteúdo vale a pena ser folheado, o livro parece pesado, quando vc abre, cadê as folhas? As folhas foram arrancadas, o conteúdo é inexistente. Elas mesmas arrancaram, para não exporem suas falhas, os percalços da vida, como se fossem tudo motivo de vergonha. 

Se reconhecem como semideuses, porém vivem como indigentes mentais/emocionais. Buscam a perfeição em tudo, não pode existir tropeço nem carência nem tristeza. Perambulam como viajantes, vivendo a melhor vida, os melhores sonhos, criam ilusões por onde passam, já os seguidores que acompanham nem imaginam quantas tormentas essas pessoas enfrentam dia após dia ou as vezes nem sabem que tormentas existem, devido ao distanciamento, por vezes de si mesmo. 

A essência ruiu, elas nem sabem por onde sumiu. 

São meros zumbis, andando de lá para cá, com seus holofotes nas mãos, e poses de lado, de frente, de costas, olhando para quem? o que se vê? o que é visto? Aos olhos de quem? Comentários vazios. 

Uma sociedade baseada no medo em demonstrar vulnerabilidade, mostrando a superficialidade deles mesmos, sem intensidade e sem parâmetros, sem buscas e sem esperanças, sem estudos e sem sentido.. 

Uma bússola desorientada. 

O que custava um olhar de compaixão? Um olhar macio, leve, abrir o coração, demonstrar que estamos vivos, que somos recuperáveis embora as circunstancias não demonstrem por vezes nos ser favoráveis. 

Que custa abrir os braços e pedir um afago? O que custa ter um pouco de humanidade? O que custa tentar entender o outro? 

Ainda tem muitos livros a serem lidos, pessoas que ainda não estão ocas por dentro. Pessoas que ainda olham nos olhos, pessoas que ainda querem ser vistas e não estão por trás de telinhas. 

Essas pessoas estão por aí pela rua, nos cantos, nas esquinas ou até mesmo dentro de casa. Olhar para o lado não vai fazer seu dedo cair.. nem sempre o que está em casa, está buscando validação, as vezes ele mesmo está demonstrando vulnerabilidade sem a necessidade de reconhecimento, ou talvez ele queira ser justamente reconhecido por suas fraquezas. 

Será que um voto de confiança pode ser necessário num mundo perfeito que não há caos?

Ou é necessário que haja caos para haver o direito a um voto de confiança? 

Será que podemos confiar em nós mesmos? 

Será que somos dignos de tal, sem necessitarmos de validação externa? 

Vale uma reflexão... 

Por mais compaixão. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Enxergando a dor e a rejeição

Já parou para pensar que ninguém é gordo por que quer?

Ultimamente estou olhando pessoas verdadeiramente como livros que devemos folhear um a um com calma e respeito. 

Sabe, sempre tive medo de olhar nos olhos de outras pessoas, mas lá bem no fundo, porque achava que estaria entrando no fundo de sua alma, e não era bem isso que eu estava buscando, eu queria apenas me manter na superfície. 

De uns meses para cá comecei a entrar na história do outro, ou seja, esse mergulho profundo dentro de seus olhos, que revelam muito, e pouco do que imaginamos se ficarmos apenas na aparência física. 

E da onde vem o gordo? 

Parando para pensar, desde quando fomos gerados na barriga de nossas mães, enquanto elas vivem um dos momentos mais bonitos de gerar um ser dentro dela, muitos sentimentos e emoções afloram, tanto da própria mãe, quanto as atitudes do pai deste bebê pode ter influencia em sentimentos para com esta mãe e por consequência este bebê, assim desencadeando em inúmeros problemas e situações mais adianta na vida dessa criança que está para nascer. 

Sentimentos como rejeição e abandono são apenas as pontas do iceberg. 

Somente listando esses 2 pontos, já da para ter a ideia, do que é uma criança já se sentir rejeitada desde a barriga, e o quanto a sua vida pode mudar desde então. Estudos já revelaram, que os sentimentos da mãe passam para o bebê durante a gestação, e o bebê sente como se fossem os seus próprios sentimentos. Ou seja, se a mãe se sentiu rejeitada, o bebê passa a se sentir rejeitado como se fosse a dor dele, e nada mais é do que a dor da própria mãe. Esse bebê cresce se sentindo rejeitado, não amado, passa a mais adiante sentir amor justamente por pessoas que rejeitam o amor dele, por revolver esse sentimento de ser rejeitado, se torna uma espécie de prazer inconsciente, um sentimento que foi por tantas vezes repetido em seu inconsciente. 

Por vezes esse bebê que virou um adulto cai em padrões de repetição, muito além de não se sentir amado, ele passa a ter prazer em pessoas que rejeitam seus sentimentos, ele se sente fraco, muitas vezes se vitimiza por situações que ele não enxerga como oportunidades de se desenvolver, ele vê tudo como desafio, obstáculos para o seu crescimento, se vê paralisado, desprotegido, e não consegue enxergar que ele é o seu próprio herói, é ele quem vai poder vencer seus próprios medos e obter sucesso na vida. Ele tenta se proteger de forma bem ilusória, e vê na comida a sua "salvação", vê na comida uma tentativa de fuga daquela realidade que o coloca sempre e cada vez mais num buraco sem fundo, a comida lhe dá prazer, ainda que momentaneamente. E isso não necessariamente, pode ser sobre comida, pode se tornar em vários tipos de vícios: jogos, sexo, pornografia, drogas, atividades em excesso, etc. 

Esse adulto busca um alívio para a sua rejeição sentida lá atrás, e segue a vida num ciclo repetitivo de padrões que ele viveu no passado, e foi parar em seu subconsciente, que poucas pessoas assim vão ter a coragem de buscar ajuda e entender o porque que tantas situações acontecem de forma desajustada. Por exemplo: por que não aparecem pessoas legais na minha vida? por que meus colegas de equipe são tóxicos? por que estou num emprego que não me dá prazer? por que todas as pessoas com as quais me relaciono me traem? por que sigo repetindo ciclos de dor? 

A rejeição daquela criança não curada se perpetua em vários aspectos ao longo da vida, seja em família, no trabalho, em círculo de amigos ou no próprio corpo. 

A sensação de incapacidade diante da vida, em muitas vezes não querer se relacionar com outras pessoas, seja ele se tornando gordo ou magro, antissocial, esquisito, negativo, esse texto não é sobre gordos! 

É sobre uma rejeição absorvida por uma criança que não se deu conta que sofreu algo que não era dela, e perpetuou isso por anos, se metendo em situações que não pertenciam à ela, e só depois de buscar ajuda, e entendimento que despertou, e entendeu que o prazer em gostar de pessoas que causam dor em nós mesmas, é sinônimo de entender que "opa tem algo errado dentro de mim, vou buscar ajuda". A dopamina: vício em açúcar, vício em comida, vício em jogos, vício em sexo, vício em atividades esportivas em excesso, tudo o que é em excesso, é um tipo de fuga, fuga da realidade, fuga de um sentimento que essa criança apresenta desde cedo, e não teve o entendimento até hoje sobre "isso pode ter cura, sabe?!", a dopamina nada mais é do que um anestésico natural do corpo, provocado por sensações de satisfação, euforia e prazer. A pessoa passa a se viciar, seja lá no que for, para sentir prazer ainda que momentaneamente, como uma forma de fuga daquilo que lhe traz dor, mesmo que inconscientemente. 

A vida não é sobre sentir prazer na dor. 

A vida é para ser vivida e com amor. Hoponopono. Essa criança, hoje adulto, precisa se libertar desse sentimento que não era dela. Já pode se sentir protegida, amada, e respeitada. E pode viver uma vida com muita intensidade, com prazer e positividade, acreditar que pessoas equilibradas não rejeitam o outro. E é preciso muito trabalho, para entender que esse amor vem de dentro pra fora. É com equilíbrio de dentro que a harmonia se irradia para fora, e encontramos prazer em tudo ao nosso redor. Mas antes é preciso pedir ajuda, ao invés de encontrar a proteção fora, por meio de vícios, olhar para dentro. 

Antes de tudo, somos reflexos de um para o outro. Só estamos atraindo o que estamos refletindo. Se dentro está um caos, fora não vai ser diferente. 

Equilíbrio é a palavra-chave. Pedir ajuda é a chave-mestra. 

Pedir ajuda para curar e equilibrar a dor dessa criança ferida para que ela possa sentir prazer na vida e conquistar um brilho em seu olhar.