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quarta-feira, 17 de julho de 2024

Morrer para Renascer

Repaginando os sonhos do passado para o presente. 

Antes eu sonhava em morar na França ou pelo menos fazer um longo intercambio, esse sonho nunca aconteceu, já se passaram 11 anos deste sonho. Acredito que não era para entrar por essa porta. 

Eu sonhava em viajar o mundo inteiro e hoje meus sonhos mudaram, já não tenho vontade de rodar o mundo inteiro, tenho vontade de ir em alguns países e com toda a calma do mundo. 

Antes eu sonhava em viajar o mundo trabalhando num cruzeiro, eu realizei parte do desejo, e confundi viagem à trabalho no cruzeiro, não é exatamente viajar e conhecer.. é ralar, trabalhar, e desfrutar apenas algumas horas de cada lugar.. é um conhecimento superficial. 

Eu imaginava aprender vários idiomas, saber me comunicar em muitas línguas, além do português, aprendi mais 3, o que tá bastante ok, e nem assim terminei todas elas, mas já foi suficiente pra me virar bastante, inclusive nas viagens solo. 

Sonhei também em morar em vários países diferentes da minha cultura, "morei" curtos períodos em alguns, ganhei visão de uma pessoa local, inclusive notei a diferença de tratamento das pessoas locais quando você é apenas turista e quando vc se torna "imigrante" mesmo que seja por um curto período, as pessoas mudam na forma de agir e se comunicar com você, as vezes não é fácil.. 

Também tive algumas oportunidades de me relacionar com pessoas de fora, ainda que esse fosse o único ponto que eu não imaginava, afinal brasileiro é que tem ziriguidum.. e até agora, ainda espero quem me prove o contrário. 

Sonhei em conhecer a Ásia, em surfar na Califórnia, em conhecer o Hawaii, e desbravar a Tailândia, até descobrir que as águas cristalinas da Tailândia são quentes, não gosto rsrs.. e os prédios de Bangkok são réplicas do passado, não curti a ideia pq não são "originais de fábrica". Mas ainda sigo com o mesmo desejo de surfar na Califa, viajar parte da Ásia principalmente China e Japão, ir pro Egito, Turquia, Canadá etc. E conhecer o Hawaii de cabo a rabo, ver as havaianas dançando 'hulahula' até o amanhecer.. 

Minha rotina mudou assim como meus gostos.. 

Eu gostava de sair pra festas, dançar até de manhã, de beber até muito tarde sempre uma vez por semana, participava de pequenos grupos de amigos, no bar aos fins de semana, uma rotina de uma jovem normal fazendo parte de 90% da população que se anestesia bebendo e batendo papo, deixando a vida passar na distração do piloto automático, não que esteja errado.. mas era apenas uma fase adulto-juvenil. 

E aqueles namoricos de fim de semana, que mal duravam 3 meses, eu era recordista de 2 meses, as pessoas me deixavam enjoadas com o passar do tempo, só queria me distrair sem me apegar. E assim dessa mesma forma eu continuei deixando ser tratada igualmente. Sem me dar valor e sem dar valor à ninguém. Deixei também que existisse a falta de respeito.. de igual para igual. E o amor, nem sabia o que era.. 

Mas uma coisa eu tinha em mente que até os 40 anos eu deixaria de beber ou quase pararia de vez. Não sei dizer ao certo o porque desse "controle" mental.. mas hoje aos 37 anos, meus anseios por bebida alcoólica diminuíram drasticamente, nao sei se pela falta de qualidade das bebidas à bordo, ou se pela insistência da minha mãe que sempre foi uma pessoa controladora, e no meio dos traumas dela, sempre me implorava para parar de beber a única vez na semana que eu bebia. Meu único vexame era passar mal por nao ter comido, e a falta da vesícula me fazia ter dores absurdas até entrar um dedo de sal na minha boca e tudo passar.. Jamais bebi demais à ponto de me levarem ao hospital, jamais cheguei nos limites, e quando me aproximei de um, que me fez chegar em casa sem nem me lembrar de ter ido pra casa, e perder uma noite de trabalho porque eu nem sabia mais quem eu era, deitada no chão do banheiro quase desmaiada, essa foi a primeira vez que eu notei que fui cuidada espiritualmente falando, naquele dia eu decidi dar um tempo de álcool, parei de comprar até para consumo dentro de casa, afinal se acontecesse alguma coisa em decorrência disso, ninguém estaria presente para me salvar, não podia dar a chance ao azar mais uma vez. 

E hoje, a minha ida à um bar encontrar as amigas, se resumo a um suco de laranja ou um copo d'água se vier acompanhado de um aperitivo, ou até mesmo uma exceção de um guaraná. Não que eu nao beba mais, mas já não me dá vontade como antes, aprendi a dizer não, aprendi a impor limites, e a voltar pra casa bem sóbria e feliz só mesmo de ver visto minhas amigas, e guardar lembranças sadias. 

Eu mudei, digamos do vinho pra água.. bendito trocadilho. 

E resolvi me distanciar de quem não me fazia bem, pessoas que não me tratavam bem, notei que nem elas se tratam bem até hoje, e aí descubro que estou mergulhada num bar de desequilíbrios emocionais, baixa autoestima por metro quadrado, reflexos pra todos os lados.. as distrações não me deixavam ver nada disso..

O quanto eu me perdi num mar de desvalorização.. Por meras crenças limitantes, atitudes controladoras, falta de amor próprio, falta de equilíbrio, falta de me querer bem, ver outros valores nos outros também.. 

As amizades mudaram, os gostos e sonhos mudaram, o trabalho mudou, a forma em lidar com o outro, da superfície para a profundidade, da fala para a observação, da alegria para a seriedade, ainda não exatamente para a felicidade, como todo processo de cura, um dia de cada vez.. 

Com o trabalho à bordo, outras coisas me fizeram abrir os olhos, gostar mais do desconhecido, comprar itens que não tem no BR, presentar minha mãe com artigos importados, ela que sempre sonhou em viajar mas nunca saiu do país, nem passaporte tem, mt menos idiomas fala, mas me fez abrir o olhar de curiosidade pro lado de lá desde criança, com o livro de Linea no Jardim de Monet, e que belos 10 anos atrás eu tive o prazer de conhecer pessoalmente, eu pude abrir o sorriso como a Linea naquele jardim incrivel. Eu conheci lugares que nunca imaginei ir antes.. o mosquito viajante me mordeu, e esse desejo de viajar, nunca vai morrer. 

Mas hoje me sinto como num grande botão RESET, é como se o passado tivesse apagado. E eu tenho uma página branca diante de mim, eu ainda não consegui começar a escrever os próximos passos, porque tudo o que queria antes, não é mais o mesmo querer de hoje, inclusive o trabalho que me fez feliz ontem, já não faz mais sentido hoje, e tudo o que eu quero é mudar, encontrar um novo caminho, mesmo que tenham desafios, eu devo ter coragem para vence-los, e escutar dentro de mim, parar de dar ouvidos pros outros, os outros mal sabem como resolver a vida deles, a resposta é canal direto entre eu e Deus, eu preciso acessar esse canal com mais facilidade, acreditar que eu posso sim cocriar minha nova realidade, e cocriar meus novos anseios, novos desejos, realizações, vontades, sonhos, inspirações. 

O Processo de catarse é realmente intenso, são muitas lágrimas, meditações longas, uma conversa paralela com meu Eu superior, o desejo de se querer encontrar um novo destino. E a meta de chegar lá muito em breve. 

É preciso: Morrer para Renascer. 

sábado, 6 de julho de 2024

Procrastinando a saída da zona de conforto

Me levantaram vários aspectos hoje

Eu achava que não estava procrastinando, quando simplesmente me dei conta que estava. 

A preguiça que tem me assombrado há 7 meses, que apesar de ter investido em esportes, continuo sem vontade de me alongar, inventando desculpas pra mim mesma de não meditar, apenas fazendo mindfulness em momentos oportunos, pensando ser suficiente. 

E ao mesmo tempo indicando amigas a fazerem meditação pensando no quanto vão melhorar suas energias e que o ambiente ao redor melhora, e eu mesma não seguindo as "minhas dicas"... Mesmo eu sabendo que tudo melhora a partir da meditação: intuição, energia, ambiente, desbloqueia chakras, aumenta a conexão com mentores, traz a alegria de volta, motivação e prosperidade em diversos pontos, que não somente na parte financeira, mas também. 

E hoje me surgiram duas mensagens diretas: 

Sair da Zona de Conforto - ação, agir, cooperar com o todo, expandir!

Procrastinação - preguiça - o ego é muito preguiçoso! (li num livro, tomei aquele sacode bonito rs)

E mesmo com mil horas de estudo, vídeos, imersões, me sinto cansada com o excesso de informações, e as vezes nao só cansada mentalmente, mas do meu ambiente familiar, como todos estamos vivendo nossas próprias batalhas internas, são lutas individuais mesmo sabendo que todos somos um. 

Mesmo sabendo que as batalhas muitas vezes são as mesmas.. porém talvez em diferentes graus de evolução. Cada um está em um momento de vida, alguns afim de estudar seu inconsciente, outros ainda nem chegarem na ciência dessa profundidade. E está tudo bem. 

Tenho me perguntado se estou me 'vitimizando' sobre algo..

Expondo minhas dúvidas, meus conflitos internos, minhas dificuldades em encontrar e entender minhas falhas, e quando as encontro tentar aceita-las, intenciono para muda-las, perdoa-las.. Quando chego em casa, meus parentes seguem com as mesmas falhas, eu comento algo "assim assim assado", dando razões e resoluções de como acabar com aquilo, recebo um vácuo gigante, grilo cantou lá fora, e voltam a atenção pra televisão... e segue a sequencia de padrões repetitivos na minha frente incessantemente. 

E hoje deu a baixa de energia de tristeza, pensar que eu posso evoluir, mas como eu vou evoluir quem estiver ao meu redor também? 

Dai escuto uma voz baixinha dizendo: Meditação, e você consegue mudar o seu entorno. 

Mas a outra voz: Vai demorar pra caramba... buda demorou pra iluminar rs... 

E assim segue meu ego querendo me desmotivar.. 

E sim conseguiu também baixar minha energia do dia...

Sobre sair da zona de conforto, tenho pensando em como cooperar com o todo? 

Com pequenas atitudes dentro e fora de casa, cuidado, cuidado nas palavras, no jeito de falar, olhar, com as respostas, observando os movimentos, as reações, tentando agir de forma mais amorosa e consciente possível. Tentando fugir dos impulsos instintivos. Como a situação se repete, dá pra inventar 240 modos de resposta e atitudes.. para 'curar' aquele padrão ou abraçar a escuridão rs..