E de uma forma sutil eu instaurei o caos,
E dentro de mim eu não pensava em amor, seguia indolor.
Enviei letras de afeto sem querer demonstrar apego,
mas no fundo tudo o que eu queria era controverso, inverso.
De um modo sem jeito e torto,
Brinquei com suas emoções,
Sambei em nossas afeições.
E no ouvir calado, nos saberes do passado,
Eu ouvi suas verdades, e fiz delas as minhas.
Num andar desconexo,
Fiz de você meu harém,
Sem olhar aquém, me despi.
Despi de carências.
Eu me entreguei numa conversa, num papo suave.
Despretensiosamente, você se abriu.
Retirou as amarras.
E a pérola que havia dentro da ostra, se fez iluminar.
Era o sabor do mar,
Era o prazer de estar em paz.
Apenas observar, se fazer presente.
As fortalezas desmancharam.
As máscaras caíram.
Os medos desataram nós, em nós.