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sábado, 13 de outubro de 2018

Mundo reverso


Como é possível não enlouquecer nesse mundo? Como matamos uns aos outros!? Como uma mãe come seu filhote?! Como alimentamos o ódio com ideias subjetivas?! Como maltratamos os animais e a nós mesmos?! Auto-flagelo.


O mar é a nossa respiração. As ondas vão e vem como o nosso inspirar e espirar. Eh reflexo de nós mesmos. Reflexo do sol, reflexo de nossos olhos diante da luz, da insensatez. Onda fortes batem como nossas emoções. Nossos momentos de frustrações, arrependimentos, raiva e tristeza.

A beleza do bater das asas, o vento a levar, a direção que assopra e que arrebenta. Faz tremer e faz brincar. Sobre montanhas, pedras, sob a vaidade e crenças. Sobre mitos e verdades, são lendas do rio que sobe, o menino pequeno caminha, brinca de roda, ele pisca e se arrisca no fogo, some por dentre as faíscas. Ardem labaredas de água límpida , molham cinzas de solidão. O gelo queima sem sentir. O álcool derrete cada gota da imensidão.

A respiração volta a ser pesada. Pés molhados atados ao chão. O coração bate, assola o sino solto , sombrio e envaidecido de soberba e medo. 

Voltam às cores a rodopiar na escuridão do mar, como peixinhos amarelos de tonalidade curiosa, são bailarinas a voar, nadadeiras a rebolar no vai e vem das correntes da perfeição. Eh a leveza misturada ao balé, balé esse das baleias, das amigas, da mãe natureza.

Eh um grito mudo, surdo que alcança falésias, são sequências idênticas, repetitivas e obsoletas. Resolutas.