Eu sou dessas que joga pra fora em forma de poesia.
Eu sinto mais do que realmente falo.
Eu não me importo com o que pensam de mim.
Eu sinto mais do que realmente falo.
Eu não me importo com o que pensam de mim.
Sou dessas que não discutem
porque preferem guardar energia.
Sou dessas sarcásticas que nem todos compreendem.
Eu tenho meu próprio tempo.
Sou dessas minimalistas.
Sou dessas que viajam sozinhas, que fazem amizades com desconhecidos, pego carona com novos amigos, acredito nos outros, se dou sorte continuo no jogo.
Sou dessas que brincam com o destino, escrevo meus sonhos e guardo nos livros.
Sou dessas que esquecem nomes e datas.
Sou dessas que esquecem nomes e datas.
Sou dessas que nem froid explica.
Sou dessas que gostam de escutar histórias, ler biografias, assistir documentários. Não sigo a maioria pra ser sociável.
Sou dessas que gostam do silêncio, de estar entre poucos, de ver e ouvir os outros.
Eu sou dessas que às vezes me torno incompreensível ao olhar dos jovens.
Eu prefiro a ala da geriatria do que da pediatria.
Sou mais folha do que gota.
Sou áspera e sou ostra.
Sou invisível aos olhos e sou o véu que perpassa as mentes humanas.
Sou a consciência inconsciente.
Sou a mão que apalpa, sou a nuvem que molha, sou a luz que acende,
sou o mar que aplaude, sou a brisa que assopra, sou a multidão que arrebata,
sou a loucura em forma de adaga, sou a mão que afaga, sou a estrela que brilha,
sou a moradia dos sentimentos, as manhãs depois da chuva.
Sou faca e também facão.