Lá vai o soldado gritar a dor, a dor de quem partiu, ficou e ninguém viu.
O grito ecoa num mar de andorinhas.
É num andar descalço e sereno a procurar ao léu a esperança de um novo céu, achar a dádiva de um despertar ensurdecedor de estrelas de papel.
Elas emanam leveza.. reacendem a incerteza de uma nova era. Era essa que se desconecta, se desprende e desabrocha uma tendência, a energia de desapegar do espírito, da carne esta que mofa, que desconstrói uma imagem, uma paisagem de ardor.. a escuridão que detém do poder de ocultar, torturar e petrificar.
Os olhos fechados, imaginam sussurros, discursos que arrepiam e sustentam o peso do cobre, do ouro maciço perdido nas lembranças de um passado cultivado em luxúria e calúnia .
Enviado para despachar um anel de ciclos encubados, atabalhoados de fúria, lamúria secular especulam mágoas, remorso, se aprofundam com ganas de medo e solidão.
Os anjos pairam e soltam a alma dos desafortunados, enquanto eles se desprendem a caminho da luz, da Glória, alforriam-se rumo ao infinito.