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domingo, 24 de junho de 2018

Anjos ao sol

Lá vai o soldado gritar a dor, a dor de quem partiu, ficou e ninguém viu. 

O grito ecoa num mar de andorinhas. 
É num andar descalço e sereno a procurar ao léu a esperança de um novo céu, achar a dádiva de um despertar ensurdecedor de estrelas de papel. 
Elas emanam leveza.. reacendem a incerteza de uma nova era. Era essa que se desconecta, se desprende e desabrocha uma tendência, a energia de desapegar do espírito, da carne esta que mofa, que desconstrói uma imagem, uma paisagem de ardor.. a escuridão que detém do poder de ocultar, torturar e petrificar. 

Os olhos fechados, imaginam sussurros, discursos que arrepiam e sustentam o peso do cobre, do ouro maciço perdido nas lembranças de um passado cultivado em luxúria e calúnia . 
Enviado para despachar um anel de ciclos encubados, atabalhoados de fúria, lamúria secular especulam mágoas, remorso, se aprofundam com ganas de medo e solidão. 
Os anjos pairam e soltam a alma dos desafortunados, enquanto eles se desprendem a caminho da luz, da Glória, alforriam-se rumo ao infinito. 

Death

As laminas que entram nos meus poros, a larvas que evaporam pela boca, a vivacidade das cores, as armas que enlouquecem o ser, as larvas, o tiro, a flor lançada, a faca atravessada, o desenlace das flores, os desamores.

A ópera viking, as flechas lançadas, as armaduras, as forças pré definidas, o movimento dos barcos, os corpos derrubados, o sangue fluindo no mar..

A conquista e a ferramenta da vitória.

O corpo levado pelo movimento marítimo, as energias que se esvaiam, os olhos se fecham pra escuridão, tudo se desliga, a mente se entrega pra o bem e para o mal..