Pensando num tigre acanhado,
Calado se entregou ao mundo,
E diante dele suas forças se esvaíram.
Sentado não fazia sentido.
Em pé caminhava horas a fio.
E por um fio esteve brilhante entre a corda bamba e o barbante.
Lá em cima olhava distante,
Como se estivesse em uma roda gigante.
O mundo se tornava pequeno, mas ainda assim bastante vibrante.
E por mais que corações batessem por lá, ainda era forte o sentimento. Constante.
Uma lágrima caiu do alto , tornando uma grande chuva uivante,
era o temporal que se formava ao longe.
Arisco, por vezes finito.
Como as chamas de um maçarico, tórrido,
ainda que destruísse a terra, haveria a criação de uma nova era.
E o tigre segue a pensar que a existência não pensa em desistir,
formando uma nova identidade.
É de benção que vive o planeta ,
É de paz que vive o homem.