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segunda-feira, 13 de julho de 2020

Somos muitos e somos todos um

Como é possível desabrocharmos mostrando a nós mesmos e nos guardando pra sempre.
E abrimos nossos corações e nos fechamos à ermo.

Somos o mistério mas também somos o segredo.
Somos pétalas mas também somos espinhos.
Somos a nova era e também somos destruição.
Somos feras e também somos donzelas.
O sol nos levanta e também nos derruba.
O calor nos acalenta e as vezes mal nos sustenta.
Uivando o despertar, o balanço dos girassóis, o caule fixo protege fluidos,
a energia caudalosa que abre e fecha, mostra o que há de mais belo,
abrem as cores da nova estação.
Sao pétalas, são parte de nossas existências,
sem exibição sem impressionismo, são reais e autênticas.

Somos o encaixe e o desenlace de um quebra-cabeças,
somos peças de um tabuleiro.
Somos rosas, somos o segredo amassado,
somos as ruínas,
os ossos a serem escavados,
somos a poeira dos imperadores,
somos o núcleo a ser invadido,
a pérola a ser encontrada,
o diamante a ser dilapidado.
Somos a corrente incessante,
o ciclo que não se fecha, o vento continuo.